Domínio Amazônico
Área: Mais ou menos 5 milhões de km²
Abrangência: O domínio amazônico abrange os estados da Região Norte, além de parte do Mato Grosso e do Maranhão.
Característica climática: Por sua localização, se caracteriza por baixa amplitude térmica e ausência de estações secas. Na área central as temperaturas médias atingem em torno de 24°C a 27°C.Índices pluviométricos: Em geral são superiores a 2700 milímetros, chegando à alcançar 3500 milímetros.
Hidrografia: Nesse domínio, localiza-se a maior bacia hidrográfica do planeta, com cerca de 6 milhões de km², correspondente a aproximadamente 20% de toda a água doce do globo. Além disso, também tem os igarapés, que são essenciais para a circulação.
Solos: Latossolos (41%), argissolos (33%) e solos pouco arenosos (15%). Somente cerca de 7% são considerados arenosos. Boa parte deles apresenta baixa fertilidade, com poucos nutrientes para as plantas locais.Vegetação: Bastante exuberante devido ao equilíbrio estabelecido com o solo. A floresta equatorial amazônica pode ser dividida em:
Mata de igapó, composta de plantas em solos alagados. Mata de várzea, formada por uma vegetação desenvolvida nas várzeas dos rios. Campinarama, vegetação caracterizada pela falta de nutrientes e Mata de terra firme, composta de uma vegetação localizada em áreas mais elevadas.Processo de ocupação: Teve um marco importante com a exploração do látex, matéria-prima retirada das seringueiras, na segunda metade do século XIX. Cerca de 500 mil nordestinos deixaram suas terras para tentar a vida na região de coleta do látex.
Vários projetos visaram promover a ocupação e a exploração da Amazônia com base em uma política desenvolvimentista praticada pelo governo militar.
Problemas ambientais: São acarretados pelo garimpo, que provoca a erosão do solo, além da intensificação de conflitos nas áreas indígenas e a degradação ambiental, representada pelas queimadas e pelos desmatamentos.
Domínio da Caatinga
Área: Cerca de 850 mil km²
Abrangência: Abrange a região denominada “Polígono das secas” no Nordeste brasileiro.
Característica climática: Possui um clima tropical quente e seco ou semiárido, com temperaturas médias entre 25°C e 29°C.
Índices pluviométricos: As médias pluviométricas anuais são entre 260 e 800 milímetros. As chuvas são poucas, irregulares e mal distribuídas.
Hidrografia: Formada por rios temporários, que secam numa determinada época do ano, com exceção do Rio São Francisco, que corta o semiárido.
Solos: Os solos são predominantemente rasos e pedregosos, em virtude do intenso intemperismo físico a que são submetidos. Mas são ricos em sais minerais.
Vegetação: É formada basicamente por plantas xerófitas, adaptadas a climas secos, e divididas entre: arbóreo, arbustivo e herbáceo.
Problemas ambientais: Atualmente, só restam 50% da cobertura original, pois o desmatamento tem atingido proporções alarmantes. Além disso, ocorre também a extração da madeira para a produção de carvão vegetal e a pecuária extensiva, que são os maiores responsáveis pela destruição da vegetação.
Domínio dos Cerrados
Área: Cerca de 2 milhões de km²
Abrangência: Predomina na parte central do território brasileiro.
Característica climática: Apresenta clima predominantemente tropical, com verões úmidos e invernos secos e temperaturas que variam de 22°C a 23°C.
Índices pluviométricos: As precipitações apresentam médias anuais entre 1200 e 1800 milímetros nos períodos chuvosos. Na estação seca, os índices caem bastante, podendo chegar à zero.
Hidrografia: É um divisor de águas, separando as nascentes das bacias do prata, São Francisco, Tocantins-Araguaia dos afluentes da margem direita do Rio Amazonas.
Solos: São, geralmente, muito porosos e permeáveis, facilitando a drenagem. Predominam os latossolos, bastante ácidos e com poucos nutrientes.
Vegetação: É de formação tropical e composta basicamente de plantas herbáceas e arbóreas. Pode-se dividir em vários grupos: Cerrado, Cerradão, Campos e Matas de galerias.
Processo de ocupação: Teve povoamento tardio, sobretudo a partir da década de 1950, com a construção de Brasília e a introdução de projetos agropecuários, em especial a produção de soja.
Problemas ambientais: A retirada da madeira para a produção do carvão mineral tem acelerado o desmatamento, favorecendo a ocupação pela agropecuária. Mais de 40% de sua área total já foi devastada.
Domínio dos Mares de Morros
Área: Cerca de 650 mil km²
Abrangência: Marca todo o litoral oriental brasileiro, que vai da costa do Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul.
Característica climática: Caracteriza-se por climas tropical úmido, tropical de altitude e subtropical úmido.
Índices pluviométricos: Apresenta precipitações que variam de 1100 a 1800 milímetros anuais. Na região da Serra do Mar, atende de 3000 a 4000 milímetros anuais.
Hidrografia: Formada por rios perenes e alimentada pelo alto índice pluviométrico, é responsável por abastecer cerca de 70% da população do país, que está concentrada na região do domínio da Mata Atlântica.
Solos: São profundos, exceto nas áreas de grande declividade. Destacam-se os latossolos e os podzólicos e a presença de solos férteis.
Vegetação: É marcado pelas florestas tropicais úmidas, compostas de plantas latifoliadas e perenes, de formação densa e heterogenia. A Mata Atlântica, como é comumente chamada, apresenta um dos maiores índices de biodiversidade do planeta.
Processo de ocupação: Baseou-se, na fase inicial, na extração do pau-brasil, árvore típica da região. Esse processo e os subsequentes foram responsáveis pela destruição de grande parte da mata, que atualmente, apresenta cerca de 7% de sua formação original.
Problemas ambientais: Desmatamento. E algumas instituições estão propondo iniciativas com o objetivo de combatê-lo. O governo e as ONGs vêm desenvolvendo ações que visam proteger essa região.
Domínio das Araucárias
Área: Originalmente, possuía 400 mil km² de extensão.
Abrangência: Ocupava parcela significativa do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Característica climática: Clima predominantemente subtropical úmido.
Índices pluviométricos: Precipitação média anual de 1400 e 2000 milímetros.
Hidrografia: A região é drenada por uma rica hidrografia, com boa parte dos rios que formam a bacia do Paraná e do Uruguai.
Solos: Ocorre na região de planaltos e chapadas. Na formação geológica destacam-se as rochas sedimentares e magmáticas. Os solos são férteis, como é o caso da “terra roxa”.
Vegetação: É subtropical mista, destacando-se pela homogeneidade, com poucas espécies, espaçadas entre si e aciculifoliadas, com destaque para o pinheiro-do-paraná e também outras espécies, como a canela, caviúna, erva-mate e etc.
Problemas ambientais: Por causa da facilidade de penetração e da existência de madeiras de boa qualidade, a mata tem sido intensamente explorada para atender as indústrias de madeira e de móveis, principalmente do Paraná. Do que restou dessa vegetação, menos de 3% está protegido em Unidades de Conservação.
Domínio das Pradarias
Área: Cerca de 80 mil km²
Abrangência: Localiza-se no extremo sul do território brasileiro, mais precisamente no sudoeste gaúcho, estendendo-se em terras uruguaias e argentinas.
Característica climática: Ocorre o clima subtropical, com verões quentes e invernos com temperaturas negativas. Em alguns lugares, há formação de geada e precipitação de neve, e grandes amplitudes térmicas.
Índices pluviométricos: As chuvas são relativamente escassas se comparadas com o restante da Região Sul, com médias pluviométricas anuais em torno de 1200 milímetros. Em determinados períodos do ano, ocorre intensa estiagem nessa região.
Hidrografia: Pequenos cursos de água.
Solos: São arenosos, sobrepõem-se aos derrames basálticos e apresentam baixa fertilidade. Em virtude da intensa utilização dos solos e da exposição a processos erosivos, ocorre um fenômeno denominado arenização.
Vegetação: É formada basicamente por campos, sendo mais baixa e com poucas espécies nos topos dos planaltos; e mais densa nas encostas, onde predominam gramíneas e leguminosas. Próximo aos cursos de água desenvolve-se uma vegetação arbórea e arbustiva mais densa.
Problemas ambientais: A pecuária e a agricultura do trigo, arroz, milho e soja são as principais atividades econômicas, baseadas nos latifúndios agropastoris que usam intensamente os solos desse domínio. Esse uso do solo tem como consequência a degradação do mesmo através do processo de arenização.