quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Principais Produtos Agrícolas Brasileiros


Apesar de não ser mais a atividade de maior importância na economia brasileira a agricultura , ela continua se destacando pela significativa participação no comércio exterior, pela grande produção de alimentos e pela produção de matérias-primas para vários setores industriais e energéticos. 

O Brasil possui um extenso território com relativa variedade de climas, predominantemente quentes, que nos permite o cultivo de quase todos os produtos em larga escala. Há dificuldades em se obter uma grande produção de gêneros de climas de temperaturas moderadas com custos aceitáveis. Enfrentamos problemas de geadas no Sul e Sudeste durante o inverno, inundações de verão em algumas porções do território nacional e secas prolongadas especialmente no Sertão. Mas, de uma maneira geral, não temos grandes problemas climáticos que nos impeça a prática agrícola.



- Cana de açúcar

No início da ocupação territorial brasileira, a cana de açúcar foi a principal atividade econômica, desenvolvida no litoral nordestino. No entanto, sua grande expansão deu-se a partir de meados da década de 1970, e se deveu a criação do pró-álcool, que levou a cana a ocupar grandes extensões no estado de São Paulo, o maior produtor nacional. Atrás de São Paulo, que apresentou 58% da produção, vem o Paraná, com 8%, e Alagoas, com 7%.
Atualmente, o Brasil costuma aparecer como o maior produtor mundial e um grande exportador de açúcar.


- Café 

Apesar de esse produto não ser atualmente o mais importante na economia nacional, o Brasil ainda é o principal produtor e exportador mundial de café. Cerca de 70% do café que o Brasil produz é destinado ao mercado externo.Na década de 1950, foi o principal produto da economia nacional, mas a crise fez com que outras atividades econômicas ganhassem força, e com isso, as exportações do café diminuíram. 

- Soja


Atualmente, a soja é o que mais contribui com a balança comercial brasileira, atingindo cerca de 6,8% do total das exportações nacionais em 2006. O Brasil é o 2° maior produtor de soja.
Até a década de 1970, as lavouras se concentravam nos estados do Sul, mas depois se espalhou pelos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal, além de parte do Nordeste.




            Estrutura fundiária


 A estrutura fundiária corresponde ao modo como as propriedades rurais estão dispersas pelo território                      e seus respectivos tamanhos, que facilita a compreensão das desigualdades que acontecem no campo.
A desigualdade estrutural fundiária brasileira é um dos principais problemas do meio rural, isso por que interfere diretamente na quantidade de postos de trabalho, valor de salários e, automaticamente, nas condições de trabalho e o modo de vida dos trabalhadores rurais. 
No caso específico do Brasil, uma grande parte das terras do país se encontra nas mãos de uma pequena parcela da população, essas pessoas são conhecidas como latifundiários. Já os minifundiários são proprietários de milhares de pequenas propriedades rurais espalhadas pelo país, algumas são tão pequenas que muitas vezes não conseguem produzir renda e a própria subsistência familiar suficiente.




Ligas camponesas

As ligas camponesas foi um movimento social brasileiro que surgiu em Pernambuco e reivindicava o direito a terra.
Ao longo da década de 1950 e início da década de 1960, tiveram papel importante na luta em favor da reforma agrária no Brasil. Uma de suas conquistas foi o fato de o presidente João Goulart apresentar, em 1963, um projeto de reforma agrária.
Esse movimento tinha três fins:
Auxiliar os camponeses com despesas funerárias — evitando que os falecidos fossem literalmente despejados em covas de indigentes ("caixão emprestado");
Prestar assistência médica, jurídica e educacional aos camponeses;
Formar uma cooperativa de crédito capaz de livrar aos poucos o camponês do domínio do latifundiário.



MST movimento dos sem terra

O movimento dos sem terra surgiu há 26 anos quando centenas de trabalhadores rurais decidiram fundar um movimento social camponês, autônomo, que lutasse pela terra, pela Reforma Agrária e pelas transformações sociais necessárias para o nosso país. Eram posseiros, atingidos por barragens, migrantes, meeiros, parceiros, pequenos agricultores... Trabalhadores rurais sem terras, que estavam sem o seu direito de produzir alimentos. Expulsos por um projeto autoritário para o campo brasileiro, capitaneado pela ditadura militar, que então cerceava direitos e liberdades de toda a sociedade. Um projeto que anunciava a “modernização” do campo quando, na verdade, estimulava o uso massivo de agrotóxicos e a mecanização, baseados em fartos (e exclusivos ao latifúndio) créditos rurais; ao mesmo tempo em que ampliavam o controle da agricultura nas mãos de grandes conglomerados agroindustriais.

Os principais objetivos desse movimento são:
Lutar pela terra;
Lutar por Reforma Agrária;
Lutar por uma sociedade mais justa e fraterna.

Reforma agraria

Reforma agrária é o conjunto de medidas para promover a melhor distribuição da terra, mediante modificações no regime de posse e uso, a fim de atender aos princípios de justiça social, desenvolvimento rural sustentável e aumento de produção. Deve vir acompanhada de políticas públicas que apoiem a produção e a comercialização dos bens, além de oferecer os serviços básicos necessários e de direito do cidadão.
Ações:
A desconcentração e a democratização da estrutura fundiária;
A produção de alimentos básicos;
A geração de ocupação e renda;
O combate à fome e à miséria;
A diversificação do comércio e dos serviços no meio rural;
A interiorização dos serviços públicos básicos;












quinta-feira, 13 de setembro de 2012


Domínio Amazônico

Área: Mais ou menos 5 milhões de km²
Abrangência: O domínio amazônico abrange os estados da Região Norte, além de parte do Mato Grosso e do Maranhão.
Característica climática: Por sua localização, se caracteriza por baixa amplitude térmica e ausência de estações secas. Na área central as temperaturas médias atingem em torno de 24°C a 27°C.Índices pluviométricos: Em geral são superiores a 2700 milímetros, chegando à alcançar 3500 milímetros. 
Hidrografia: Nesse domínio, localiza-se a maior bacia hidrográfica do planeta, com cerca de 6 milhões de km², correspondente a aproximadamente 20% de toda a água doce do globo. Além disso, também tem os igarapés, que são essenciais para a circulação.
Solos: 
Latossolos (41%), argissolos (33%) e solos pouco arenosos (15%). Somente cerca de 7% são considerados arenosos. Boa parte deles apresenta baixa fertilidade, com poucos nutrientes para as plantas locais.Vegetação: Bastante exuberante devido ao equilíbrio estabelecido com o solo. A floresta equatorial amazônica pode ser dividida em:
Mata de igapó, composta de plantas em solos alagados. Mata de várzea, formada por uma vegetação desenvolvida nas várzeas dos rios. Campinarama, vegetação caracterizada pela falta de nutrientes e Mata de terra firme, composta de uma vegetação localizada em áreas mais elevadas.
Processo de ocupação: Teve um marco importante com a exploração do látex, matéria-prima retirada das seringueiras, na segunda metade do século XIX. Cerca de 500 mil nordestinos deixaram suas terras para tentar a vida na região de coleta do látex.
Vários projetos visaram promover a ocupação e a exploração da Amazônia com base em uma política desenvolvimentista praticada pelo governo militar.

Problemas ambientais: São acarretados pelo garimpo, que provoca a erosão do solo, além da intensificação de conflitos nas áreas indígenas e a degradação ambiental, representada pelas queimadas e pelos desmatamentos.


Domínio da Caatinga

Área: Cerca de 850 mil km²
Abrangência: 
Abrange a região denominada “Polígono das secas” no Nordeste brasileiro.
Característica climática: Possui um clima tropical quente e seco ou semiárido, com temperaturas médias entre 25°C e 29°C. 
Índices pluviométricos: As médias pluviométricas anuais são entre 260 e 800 milímetros. As chuvas são poucas, irregulares e mal distribuídas.
Hidrografia: Formada por rios temporários, que secam numa determinada época do ano, com exceção do Rio São Francisco, que corta o semiárido.
Solos: 
Os solos são predominantemente rasos e pedregosos, em virtude do intenso intemperismo físico a que são submetidos. Mas são ricos em sais minerais.
Vegetação: É formada basicamente por plantas xerófitas, adaptadas a climas secos, e divididas entre: arbóreo, arbustivo e herbáceo.
Problemas ambientais: Atualmente, só restam 50% da cobertura original, pois o desmatamento tem atingido proporções alarmantes. Além disso, ocorre também a extração da madeira para a produção de carvão vegetal e a pecuária extensiva, que são os maiores responsáveis pela destruição da vegetação.

Domínio dos Cerrados

Área: Cerca de 2 milhões de km²
Abrangência: 
Predomina na parte central do território brasileiro.
Característica climática: 
Apresenta clima predominantemente tropical, com verões úmidos e invernos secos e temperaturas que variam de 22°C a 23°C.
Índices pluviométricos: As precipitações apresentam médias anuais entre 1200 e 1800 milímetros nos períodos chuvosos. Na estação seca, os índices caem bastante, podendo chegar à zero.
Hidrografia: É um divisor de águas, separando as nascentes das bacias do prata, São Francisco, Tocantins-Araguaia dos afluentes da margem direita do Rio Amazonas.
Solos: São, geralmente, muito porosos e permeáveis, facilitando a drenagem. Predominam os latossolos, bastante ácidos e com poucos nutrientes.
Vegetação: É de formação tropical e composta basicamente de plantas herbáceas e arbóreas. Pode-se dividir em vários grupos: Cerrado, Cerradão, Campos e Matas de galerias.
Processo de ocupação: Teve povoamento tardio, sobretudo a partir da década de 1950, com a construção de Brasília e a introdução de projetos agropecuários, em especial a produção de soja.
Problemas ambientais: A retirada da madeira para a produção do carvão mineral tem acelerado o desmatamento, favorecendo a ocupação pela agropecuária. Mais de 40% de sua área total já foi devastada.


Domínio dos Mares de Morros

Área: Cerca de 650 mil km²
Abrangência: Marca todo o litoral oriental brasileiro, que vai da costa do Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul.
Característica climática: Caracteriza-se por climas tropical úmido, tropical de altitude e subtropical úmido. 
Índices pluviométricos: Apresenta precipitações que variam de 1100 a 1800 milímetros anuais. Na região da Serra do Mar, atende de 3000 a 4000 milímetros anuais.
Hidrografia: Formada por rios perenes e alimentada pelo alto índice pluviométrico, é responsável por abastecer cerca de 70% da população do país, que está concentrada na região do domínio da Mata Atlântica.
Solos: São profundos, exceto nas áreas de grande declividade. Destacam-se os latossolos e os podzólicos e a presença de solos férteis.
Vegetação: É marcado pelas florestas tropicais úmidas, compostas de plantas latifoliadas e perenes, de formação densa e heterogenia. A Mata Atlântica, como é comumente chamada, apresenta um dos maiores índices de biodiversidade do planeta.
Processo de ocupação: Baseou-se, na fase inicial, na extração do pau-brasil, árvore típica da região. Esse processo e os subsequentes foram responsáveis pela destruição de grande parte da mata, que atualmente, apresenta cerca de 7% de sua formação original.
Problemas ambientais: Desmatamento. E algumas instituições estão propondo iniciativas com o objetivo de combatê-lo. O governo e as ONGs vêm desenvolvendo ações que visam proteger essa região.



Domínio das Araucárias

Área: Originalmente, possuía 400 mil km² de extensão.
Abrangência: 
Ocupava parcela significativa do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Característica climática: Clima predominantemente subtropical úmido. 
Índices pluviométricos: 
Precipitação média anual de 1400 e 2000 milímetros.
Hidrografia: 
A região é drenada por uma rica hidrografia, com boa parte dos rios que formam a bacia do Paraná e do Uruguai.
Solos: Ocorre na região de planaltos e chapadas. Na formação geológica destacam-se as rochas sedimentares e magmáticas. Os solos são férteis, como é o caso da “terra roxa”.
Vegetação: É subtropical mista, destacando-se pela homogeneidade, com poucas espécies, espaçadas entre si e aciculifoliadas, com destaque para o pinheiro-do-paraná e também outras espécies, como a canela, caviúna, erva-mate e etc.
Problemas ambientais: 
Por causa da facilidade de penetração e da existência de madeiras de boa qualidade, a mata tem sido intensamente explorada para atender as indústrias de madeira e de móveis, principalmente do Paraná. Do que restou dessa vegetação, menos de 3% está protegido em Unidades de Conservação.



Domínio das Pradarias

Área: Cerca de 80 mil km²
Abrangência: 
Localiza-se no extremo sul do território brasileiro, mais precisamente no sudoeste gaúcho, estendendo-se em terras uruguaias e argentinas.
Característica climática: Ocorre o clima subtropical, com verões quentes e invernos com temperaturas negativas. Em alguns lugares, há formação de geada e precipitação de neve, e grandes amplitudes térmicas.
Índices pluviométricos: As chuvas são relativamente escassas se comparadas com o restante da Região Sul, com médias pluviométricas anuais em torno de 1200 milímetros. Em determinados períodos do ano, ocorre intensa estiagem nessa região.
Hidrografia: Pequenos cursos de água.
Solos: 
São arenosos, sobrepõem-se aos derrames basálticos e apresentam baixa fertilidade. Em virtude da intensa utilização dos solos e da exposição a processos erosivos, ocorre um fenômeno denominado arenização.
Vegetação: É formada basicamente por campos, sendo mais baixa e com poucas espécies nos topos dos planaltos; e mais densa nas encostas, onde predominam gramíneas e leguminosas. Próximo aos cursos de água desenvolve-se uma vegetação arbórea e arbustiva mais densa.
Problemas ambientais:
 A pecuária e a agricultura do trigo, arroz, milho e soja são as principais atividades econômicas, baseadas nos latifúndios agropastoris que usam intensamente os solos desse domínio. Esse uso do solo tem como consequência a degradação do mesmo através do processo de arenização.